quarta-feira, 7 de julho de 2010

Prévia - Mortal Kombat



Mortal Kombat, de 1992, era tão sanguinário que serviu até como pilar para a criação da ESRB, o órgão que faz a classificação etária dos games nos Estados Unidos. A violência gratuita deu uma trégua nas sequências, com o advento dos “friendships” e “babalities”, que não agradaram muito os fãs mais ardosos. Dezoito anos depois, o novo Mortal Kombat — assim mesmo, sem subtítulo ou número indicando a versão — promete buscar inspiração naquele clássico de pancadaria e ser o jogo mais sério e sombrio da franquia.
Volta às origens

A história se desenvolve entre o primeiro e o terceiro jogo da série. Após os acontecimentos da versão mais recente (
Armageddon, de 2008), Raiden sai derrotado de sua última batalha contra Shao Kahn. Antes de sofrer o golpe derradeiro, o Deus do Trovão envia uma mensagem telepática para o passado, avisando a ele mesmo sobre o futuro sombrio ao qual o Reino da Terra será submetido com a ascenção do imperador de Outworld. Com informações do futuro, o Raiden do passado poderá mudar o rumo dos eventos que se iniciam no primeiro Mortal Kombat.

E a aposta é mesmo nas raízes da série. Por enquanto, favoritos como Scorpion, Sub-Zero, Kung Lao, Sektor, Johnny Cage, Mileena, Reptile, Nightwolf já estão confirmados como personagens jogáveis. Raiden não apareceu na demonstração da E3 2010, mas estará presente. No total, serão 26 lutares à disposição, além de mais um para ser adquirido por download.

Os cenários clássicos (mas que já foram utilizados nos games recentes, como Decepction e Armageddon), como o “The Pit II”, “Dead Pool” e “Living Forest” de 
Mortal Kombat II tambérm estão de volta. E o próprio visual dos personagens segue o estilo de Mortal Kombat II e 3, com as antigas roupas de Kung Lao, Scorpion e Sub-Zero, por exemplo. O motor gráfico é o Unreal Engine 3, o mesmo utilizado em MK vs. DC Universe.

Mas as semelhanças com o título anterior param por aí. Apesar dos gráficos poligonais, a movimentação será toda 2D, como em 
Street Fighter IV. A proposta é que a jogabilidade lembre mesmo os primórdios da série, que foi toda em 2D até a terceira versão, de 1995. A diferença aqui é que não há mais golpes altos e baixos. Agora, há chutes e socos esquerdos e direitos, como na série Tekken. O botão de corrida, que apareceu emMK 3, foi substituído por uma sequência de dois toques no direcional.

No sistema de jogo em si, a maior mudança é a introdução do “x-ray attack”. Quando usado, o game fica mais lento e a câmera se aproxima do personagens para mostrar, com uma visão de raio-X, exatamente quais ossos estão sendo quebrados. Outra novidade é o “tag battle”, que segue o estilo dos crossovers dois-contra-dois da Capcom, com a possibilidade de troca de personagem no meio da luta.

O modo Konquest, introduzido em 
MK: Deception e que ia contando a história do jogo conforme o jogador enfrentava os oponentes, não estará de volta. Os itens desbloqueáveis por aquele modo serão destravados por outros meios — mas sem maiores detalhes por enquanto. Por outro lado, a parte multiplayer promete bastante, com uma boa variedade de modos online: a opção de partida rápida encontra um adversário sem que o jogador precise navegar pelos menus e salas, e o “tag battle” permite partidas entre duplas pela internet, inclusive com dois jogadores no mesmo console.

Para agradar os fãs


A NetherRealm Studios — antes conhecida como Midway Chicago e responsável por todos os games da franquia — parece estar empenhada em trazer de volta toda a violência e sangue que fizeram do primeiro
Mortal Kombat um jogo marcante e lembrado até os dias de hoje.

Há claro cuidado em ouvir as sugestões e reclamações do público, principalmente após as experiências não tanto bem vistas nas versões 3D (como as armas de 
MK 4 e a esquiva de MK: Deadly Alliance) e certos excessos na época dos 16 bits (como os “babalities”). A nostalgia está até nas músicas, com versões remixadas da trilha sonora composta por Dan Forden para os games antigos. A proposta é fazer o jogo que os aficionados sempre pediram, com roupagem atual aliada a uma jogabilidade em 2D que lembre os clássicos da série.



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